logo RCN

Longa história: os cuidados com a Dengue devem permanecer

O mosquito Aedes aegypti transmissor da Dengue, faz parte da história e vem se espalhando pelo mundo desde o período das colonizações

O mosquito Aedes aegypti transmissor da Dengue, faz parte da história e vem se espalhando pelo mundo desde o período das colonizações

 Originário do Egito, na África, o mosquito transmissor da dengue vem se espalhando por regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16, período das Grandes Navegações.

O nome definitivo - Aedes aegypti - foi estabelecido em 1818, após a descrição do gênero Aedes. Relatos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostram que a primeira epidemia de dengue no continente americano ocorreu no Peru, no início do século 19, com surtos no Caribe, Estados Unidos, Colômbia e Venezuela.

No Brasil, os primeiros relatos de dengue datam do final do século XIX, em Curitiba (PR), e do início do século XX, em Niterói (RJ).

No início do século XX, o mosquito já era um problema, mas não por conta da dengue -- na época, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da febre amarela. No final da década de 1960, o relaxamento das medidas adotadas levou à reintrodução do vetor em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os Estados brasileiros.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a primeira ocorrência do vírus no país, documentada clínica e laboratorialmente, aconteceu em 1981-1982, em Boa Vista (RR), causada pelos vírus DENV-1 e DENV-4. Anos depois, em 1986, houve epidemias no Rio de Janeiro e em algumas capitais do Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada.

PINHALZINHO

As atividades e ações do Programa Municipal de Combate a Dengue, que visa combater a Dengue do município de Pinhalzinho não cessam, elas ocorrem de forma intensa com orientações para a população Pinhalense.

Conforme o coordenador do programa, Claudir Kollet, são realizados seis ciclos de visita durante o ano, sendo um a cada dois meses. "Também realizamos palestras em escolas para a conscientização desde cedo, trabalhamos com o bloqueio de transmissão, atendemos denúncias e trabalho em altura com drone para encontrar focos em quatro meses do ano. Nas visitas realizamos dois testes de Lira para avaliar os riscos de infestação do mosquito Aedes Aegypti", explica.

 Mesmo com a pandemia os trabalhos continuam, poucos procedimentos foram alterados. "Os trabalhos estão fluindo dentro da normalidade, apenas estamos mantendo o distanciamento de segurança dos moradores, fazendo uso de máscara, não estamos entrando fazer a verificação dentro do imóvel visitado", salienta.

 Com a chegada do verão a proliferação do mosquito transmissor da doença, aumentam bastante devido as altas temperaturas e se associa com a falta de cuidado das pessoas em manter depósitos acumulando água parada sem necessidade e sem os devidos cuidados. "O ciclo de reprodução do mosquito é de sete dias, mas com as temperaturas elevadas que faz no verão este ciclo pode chegar a cinco dias, uma fêmea pode colocar até 600 ovos, o ciclo de vida de um mosquito adulto é de aproximadamente 45 dias, os ovos podem durar até um ano e meio sem ter contato com a água", conta.

 Claudir comenta que os populares devem receber bem os agentes de endemias na hora da visita de orientação, eliminar todos os depósitos com água parada, manter piscinas limpas e cloradas, cisternas com tampa e bem vedada com tela milimétrica, deixar os ralos telados, além de manter o pátio limpo e organizado, verificando calhas a cada dois meses, olhando a bacia atrás da geladeira, entre outros cuidados. "Sempre manter-se atentos a possíveis acúmulos de água que podem virar locais de focos, se atentarem também a pratinhos das plantas e dos animais domésticos", enfatiza.

 As atuais ações são focadas ao controle da pandemia, seguindo diretrizes de acordo com o protocolo atual, mas o cuidado com a dengue continua. "Com cuidado analisamos sempre o momento e aplicamos quando necessário novas ações de combate a dengue, agora com a chegada do verão onde tudo se intensifica os cuidados e precauções devem ser maiores", informa.

 No município atualmente contabilizam-se 119 focos do mosquito e 16 casos da doença autóctones, ou seja, adquiridos em Pinhalzinho. "Trabalhamos também diversas vezes com o fumacê, ele é um material UBV- ultra baixo volume que é aplicado somente em determinada área após a confirmação de casos da doença no local pela DIVE- Diretoria de Vigilância Epidemiológica, com exames feitos no laboratório do Lacen - Laboratório Central de Saúde Publica. Ele é aplicado em torno de 150 metros de onde foi confirmado caso da doença, onde o paciente reside e trabalha, esta aplicação é uma pulverização de inseticida contra o mosquito transmissor. Apesar da medida, vale destacar que ele mata somente os mosquitos adultos, não acaba com os criadouros", destaca.


Luiz Zagonel permanece como presidente do Aero Clube Pinhalzinho Anterior

Luiz Zagonel permanece como presidente do Aero Clube Pinhalzinho

Paróquia Santo Antônio sorteia R$ 50 mil em prêmios Próximo

Paróquia Santo Antônio sorteia R$ 50 mil em prêmios

Deixe seu comentário