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Balão com 21 pessoas pega fogo e cai minutos após decolar em Santa Catarina; Polícia Civil e órgãos federais investigam causas do acidente
Um grave acidente com balão de ar quente deixou oito mortos e 13 sobreviventes na manhã do último sábado (21), em Praia Grande, no sul de Santa Catarina. A estrutura que decolou por volta das 7h no bairro Cachoeira com 21 pessoas a bordo, incendiou e caiu pouco mais de quatro minutos após a decolagem. O cesto foi encontrado em chamas em um barranco às margens da via PRG-411, próximo à Igreja Nossa Senhora de Fátima.
A Polícia Civil e órgãos de segurança aérea, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), estão à frente das investigações para entender o que provocou o incêndio que, segundo relatos, teve início no maçarico utilizado para acionar a chama do balão. O equipamento estaria no interior do cesto e, conforme depoimento do piloto, teria iniciado o fogo — embora ainda não se saiba se por falha ou combustão espontânea.
Das 21 pessoas a bordo, quatro vítimas se jogaram do balão em chamas a uma altura de cerca de 45 metros e morreram na queda. Outras quatro não conseguiram escapar e foram carbonizadas. Entre os mortos estão Leandro Luzzi, Leane Elizabeth Herrmann, Leise Herrmann Parizotto, Janaina Moreira Soares da Rocha, Everaldo da Rocha, Fabio Luiz Izycki, Juliane Jacinta Sawicki e Andrei Gabriel de Melo. As identidades revelam que mães, filhas, casais e profissionais de diversas áreas estavam no passeio turístico.
Treze pessoas sobreviveram ao acidente, incluindo o piloto. Cinco delas precisaram de atendimento hospitalar, mas todas já receberam alta do Hospital Nossa Senhora de Fátima.
De acordo com informações preliminares da polícia, um extintor estava no cesto, mas não funcionou. Quando o incêndio começou, o balão tentou descer. A estrutura ainda estava próxima ao solo quando os sobreviventes conseguiram saltar. Com a saída dessas pessoas, o balão ficou mais leve e subiu novamente. Em seguida, parte das vítimas se jogou e a outra parte permaneceu no cesto, que despencou em meio às chamas.
A empresa responsável pelo balão, Sobrevoar, que opera desde setembro de 2024 e tinha autorização da prefeitura para funcionar, afirmou em nota que suspendeu temporariamente as atividades e lamentou a tragédia. Afirmou ainda que segue todas as normas da Anac e que o piloto, com experiência, adotou os procedimentos de emergência possíveis no momento.
A Anac acompanha o caso, e a Polícia Científica trabalha na perícia técnica do equipamento. A defesa do piloto afirmou no último domingo (22) que só os laudos poderão confirmar as causas do incêndio. O delegado-geral Ulisses Gabriel confirmou que as autoridades também apuram se as condições climáticas, de sol com previsão de instabilidade, podem ter influenciado no acidente.
A tragédia levantou questionamentos sobre a segurança da atividade e a fiscalização do setor. O balão tinha capacidade para até 27 pessoas ou 2.870 quilos, e o passeio previsto duraria cerca de 45 minutos — mas terminou em menos de cinco, com um dos maiores desastres já registrados no turismo de balonismo do Brasil. As investigações continuam.
Texto: IMP
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