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Câmara de Pinhalzinho aprova moção contra privatização da CASAN

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Foto: Câmara de Vereadores de Pinhalzinho -
Vereadores alertam para riscos de perda de investimentos e acesso universal à água caso empresa pública seja privatizada
Em sessão ordinária realizada na última segunda-feira (09), a Câmara de Vereadores de Pinhalzinho aprovou uma moção de apelo contra a privatização da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN). O documento, de autoria dos vereadores Rogério Antonio Bach e Ivanda Regina da Cunha Bach, foi direcionado ao presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), deputado Júlio Garcia, e aprovado por seis votos a favor e quatro contra.
A moção destaca o papel histórico da CASAN, fundada em 1971, que atende 194 municípios catarinenses e um paranaense, garantindo abastecimento de água e esgoto para cerca de 40% da população do estado. Os vereadores argumentam que a empresa, de capital majoritariamente público (99,9%), opera com foco social, subsidiando sistemas deficitários em cidades pequenas — muitas vezes negligenciadas pela iniciativa privada por falta de rentabilidade.
Rogério Bach, um dos autores, ressaltou que a privatização poderia comprometer R$ 44 milhões em investimentos do PAC para o município, além de projetos como a ampliação da estação de tratamento de água e a captação no Rio Burro Branco. Ele enfatizou que a CASAN, apesar de falhas pontuais, mantém um serviço eficiente e socialmente responsável.
A divergência entre os vereadores ficou evidente durante a votação. Enquanto Guilherme Frozza e Leonardo Roos votaram contra, criticando a gestão da empresa e defendendo maior eficiência do setor privado, Antônio Gallina, usualmente favorável a privatizações, apoiou a moção ao reconhecer a importância da CASAN em crises, como na implantação da adutora do Burro Branco. O presidente da Câmara, Juliano de Almeida, também votou a favor, destacando a necessidade de melhorias, mas defendendo a manutenção do modelo público.
A moção será encaminhada à ALESC como um posicionamento oficial do legislativo municipal, reforçando a preocupação com o acesso universal à água e o futuro do saneamento em Santa Catarina. Para os autores, a medida busca preservar um patrimônio público essencial, evitando que a lógica do lucro prevaleça sobre um direito humano fundamental.
Texto: IMP
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