Além da tela: os riscos ocultos do abuso tecnológico

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Foto montagem: Guilherme Detoni | com imagens do Pixabay/Pexels -
A armadilha das redes sociais e os impactos profundos e perigosos à saúde mental. Confira os efeitos chocantes que a tecnologia esconde
A exposição em excesso às telas de celulares, computadores, tablets e demais ferramentas digitais, especialmente quando mais jovem, pode impactar negativamente o desenvolvimento cerebral, afetando a capacidade de concentração e aumentando o risco de depressão e outras doenças ligadas à saúde mental e psicológica.

O isolamento social e os problemas psicológicos, como ansiedade e depressão são consequências muito comuns quando se fala em adoecimento mental. O home office, embora traga benefícios e comodidade aos empregadores e funcionários, pode contribuir para a solidão e o estresse, enquanto estratégias como estabelecer limites claros entre trabalho e vida pessoal são essenciais para manter o equilíbrio.

Buscando-se entender melhor as causas comuns do adoecimento mental e como se tornar menos vulnerável a elas, o jornal Imprensa do Povo procurou o médico psiquiatra de Pinhalzinho, Evandro Luiz Fiorini, que pontuou os principais fatores de risco, relacionados à tecnologia, sugerindo opções para mitigar os efeitos negativos do uso exagerado dos meios digitais e remotos.
Atualmente, passar horas em frente às telas é tão comum quanto escovar os dentes. Mas será que estamos nos afastando do mundo real? Esta é uma questão mais complexa, da qual o psiquiatra abordou com seriedade, frisando que a desconexão pode deixar as pessoas mais estressadas, ansiosas e até deprimidas. É como se estivéssemos nos isolando sem perceber. A pandemia passa a não ser um problema, já que estávamos isolados há muito tempo antes, de uma forma subjetiva, porém ainda mais severa.

“O perigo da exposição exagerada é que o cérebro pode acabar sendo ‘recrutado’ por esses estímulos rápidos, se tornando uma forma de pensamento preponderante. Isso tem a ver com a maturação cerebral: o cérebro é uma parte do corpo humano que vai tomando forma com a passagem do tempo. Antes dos 25 anos, essa maturação não está completamente desenvolvida. Ou seja: o cérebro ainda está sendo ‘moldado’. A ‘bomba’ de estímulos rápidos que sai das telas pode, nessa etapa da vida, afetar o desenvolvimento do cérebro e a capacidade de concentração, uma herança que será levada para a fase adulta – e pode ser irreversível”, alertou o profissional.
Evandro ainda destacou que estudos, que avaliaram crianças, apontam que 72% delas constataram aumento da depressão associada ao abuso da exposição às telas. “Uma possível explicação dessa relação é o aumento do tempo em frente às telas no dia a dia, após a pandemia de COVID-19. As telas são, cada vez mais, utilizadas para trabalho, entretenimento e estudo, e no período de pandemia, elas foram as principais aliadas contra a solidão. Outro ponto a ser levado em consideração é que a utilização dos dispositivos como distração para as crianças, enquanto os pais fazem suas tarefas, contribuiu para a elevação das horas de uso. Nesse sentido, o distanciamento entre pais e filhos pode provocar um aumento da disposição para a depressão nas crianças”, ressalta o psiquiatra.
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