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Especial

Uma vez escoteiro, sempre escoteiro!

  • Foto: Arquivo pessoal -

Mauro De Gasperin relembra sua trajetória no escotismo e destaca o impacto transformador do movimento em sua vida

No dia 23 de abril, o mundo celebra o Dia do Escoteiro, uma data que, para muitos, representa bem mais do que uma simples homenagem. Para o pinhalense Mauro De Gasperin, essa data é uma verdadeira viagem no tempo, uma lembrança de quando, ainda menino, teve o primeiro contato com o movimento escoteiro.


O jargão ‘Uma vez escoteiro, sempre escoteiro’ só entende quem um dia viveu de verdade o movimento escoteiro. “Tive a oportunidade de vivenciar o escotismo na década de 1970, quando lideranças pinhalenses implantaram o Grupo Escoteiro Centro-Oeste de Pinhalzinho, fundado em dezembro de 1975. Eu, com 12 anos, ingressei no grupo como escoteiro”, relembra Mauro.


O grupo, segundo ele, era dividido em três ramos: Lobinho, Escoteiro e Sênior, e permaneceu ativo até o início da década de 1980. “Nesse período, vivi experiências e aprendi lições que carrego comigo até hoje — valores como respeito, lealdade, obediência e amizade”, conta Mauro.


Anos depois, já adulto e pai, Mauro se viu novamente envolvido pelo chamado escoteiro. “Em 2010, surgiu a ideia de resgatar o movimento escoteiro em Pinhalzinho. Aquele espírito que parecia adormecido reacendeu como uma brasa. Convidei meu filho Eduardo, que na época tinha 10 anos, para irmos a uma reunião, e voltamos de lá quase como presidente — o que de fato aconteceu depois. Mas é importante deixar claro que isso nunca foi feito sozinho. Contamos com diversos companheiros e com o apoio da comunidade, que juntos nos ajudaram a fundar o Grupo Escoteiro Gralha do Pinhal, em 12 de dezembro de 2010”, pontua Gasperin.


Desde então, o grupo cresceu e se fortaleceu. “Fizemos a promessa de chefes, jovens, lobinhos e escoteiros. Nossa sede própria foi construída no Parque da Efacip, com materiais e mão de obra totalmente doados pela comunidade”, acrescenta.


Do oeste de Santa Catarina à Inglaterra


Em 2015, Mauro teve uma das experiências mais emocionantes de sua trajetória escoteira. “Tivemos a honra de visitar o Gilwell Park, sede mundial do escotismo, na Inglaterra. Também conhecemos Brownsea Island, a ilha onde Baden-Powell realizou o primeiro acampamento escoteiro com 20 jovens, em 1º de agosto de 1907. Foi uma experiência inesquecível — e aproveitamos para deixar lá o lenço do nosso grupo, o Gralha do Pinhal, como um símbolo da nossa conexão com a história do escotismo mundial”, relembra emocionado.


Hoje, Mauro se orgulha de pertencer a um movimento presente em quase todos os países do planeta. “É um movimento voluntário de formação de jovens, um sistema de educação baseado na vivência prática e no desenvolvimento do caráter, sempre guiado pelo princípio do ‘aprender fazendo”. Com a autoridade de quem viveu intensamente o escotismo, Mauro deixa um recado direto às famílias. “Se puder deixar uma mensagem final aos pais e jovens, seria: conheçam o movimento escoteiro. Vocês não se arrependerão”, finaliza.

Publicado por jornal Imprensa do Povo

Publicado por jornal Imprensa do Povo

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