Juri de pastor Valdemar está confirmado para semana que vem em Pinhalzinho

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Jocimar Borba -
Promotor da Comarca de Pinhalzinho deu mais detalhes sobre o processo e o julgamento, que ocorre no dia 14.
Durante entrevista coletiva na última sexta-feira (01) o promotor de justiça da comarca de Pinhalzinho, Edisson de Melo Menezes, confirmou para as 8h do dia 14 deste mês o julgamento do pastor Valdemar Santos, acusado de matar a esposa em dezembro do ano passado. Faltava ainda o julgamento de um pedido da defesa para que o processo fosse julgado na capital do estado, mas o posicionamento do ministério público desde o início foi contrário, a procuradoria também foi contrária, pois não havia razão legal que justificasse essa medida, sendo assim, indeferido. "O que mudaria é que, ao invés da sociedade de Pinhalzinho julgar, quem julgaria seria a sociedade de Florianópolis, mas é a sociedade de Pinhalzinho é que foi abalada com o crime que ocorreu, então é essa mesma sociedade que deve julgar o acusado", ressalta o promotor.
Menezes explica que as acusações que pesam contra o acusado são as de homicídio duplamente qualificado e crime de ocultação de cadáver. Por essas acusações é que ele vai responder em plenário do júri, que já está com os preparativos em andamento. "Nos últimos dias foram determinadas todas as providências pelo juiz da comarca, como a intimação de testemunhas, e toda a organização do tribunal do júri. Haverá, no mínimo, nove testemunhas de plenário, e esses depoimentos tendem a ser demorados. Serão ouvidos o delegado de polícia, os policiais, pessoas cujos julgamentos provavelmente serão mais extensos, além dos debates que haverá. O tempo vai depender do andamento dos trabalhos, mas pode ser que haja a necessidade de alongar o julgamento até sexta-feira".
Durante a entrevista, ele comentou, também, que o Ministério Público é favorável à condenação do acusado, pois todas as provas colhidas no processo tendem que ele seja o culpado pelo crime. "O acusado é um só, desde o início as provas indicam que o crime foi cometido pelo acusado, não há nenhuma prova nos autos do processo indicando a participação de outra pessoas como coautor deste fato, assim como também não há nenhuma prova que confirme a informação apresentada inicialmente e mantida até hoje pelo acusado, no sentido de que teria um crime de roubo, mediante sequestro".
Edisson esclareceu que o Ministério Público apresentará todas as provas que foram colhidas durante todas as fases do processo, que já conta com de mil e trezentas páginas. O processo contém diversos laudos, provas, interceptações telefônicas, quebra de sigilo, monitoramento de câmeras, interrogatórios e depoimentos. Todos esses elementos serão explorados pelo ministério público e pela defesa em plenário. A pena para o crime que o acusado está sendo julgado é de 13 a 30 anos de detenção, mas o tempo exato será definido no júri.
Um ponto que merece destaque neste processo, de acordo com o promotor, foi a celeridade com que ocorreu. O fato ocorreu no dia 19 de dezembro do ano passado, e em menos de um ano o caso terá uma decisão final. "Isso não é o que ocorre normalmente, até por que esse processo teve recurso, então, julgou-se aqui na comarca esse processo, teve recurso do tribunal de justiça e também teve pedidos de liberdade do acusado, que foram negadas de forma unânime. Essa rapidez é muito boa para que a justiça seja feita preservando todos os direitos do acusado, tanto em juízo com ampla defesa, com grau de recurso, ou seja, privilegiou-se todos os direitos do acusado, tudo isso em menos de um ano, a resposta que a justiça dará é razoável e é isso que manda nossa lei", assinala.
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